terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Dois mil e onze foi um ano bom.




A coragem de arriscar talvez tenha sido a grande aquisição de 2011. De todos os balanços anuais que faço neste blogue, este certamente é o mais satisfeito. Comecei uma trajetória (que acaba de ser coroada com uma renovação de contrato) profissional que teve bem menos descaminhos que as anteriores. Aprendi com a experiência e, melhor, coloquei o aprendizado em prática. Finquei pé - suavemente - na manutenção de certas crenças ligadas à instância pedagógica e obtive bons resultados (fruto da diplomacia, da coerência e da convicção).
No campo da vida criativa - talvez a mais importante de todas, e a mais incerta sem dúvida - saltei, sem rede de segurança, em uma atividade que me proporcionou outra concepção de performance no mundo: o teatro. Não que ele já não estivesse presente, mas, formalizado, trouxe um acréscimo de consciência das coisas que me cercam (semelhantes incluídos) que não esquecerei nem perderei mais. Trouxe-me também alguém que foi, é e será importante, espero, por muito, muito tempo ainda (uma mulher, uma pessoa, um horizonte).
Por fim, acho que além da coragem, de extinta a auto-comiseração, também aprendi lições de ética importantíssimas. Como me disse há pouco Fernando Savater em um livro despretensioso e precioso chamado Ética para o meu filho, ética significa, antes de tudo, a arte de "viver bem".
Vivi bem durante este 2011 que chega ao fim. Parece-me que basta para querer ir em frente. Venha 2012: depois de tanto tempo, seja bem vindo, ano novo.

Meu carinho incondicional a todos os amigos, inimigos, conhecidos e simpatizantes.
Que sejamos felizes, por mais que às vezes nos custe.