A história do padre Adelir de Carli, que resolveu sair de Paranaguá pendurado em mil balões de gás é, certamente, uma das mais excêntricas das tantas que a mídia brasileira divulga diariamente (em três postagens, já é a segunda em que eu falo de mídia, imprensa, etc. O que está acontecendo comigo? Não assino jornal nem vejo muita tevê!). Ainda que, ao que tudo indica, o padre Adelir tenha ido longe demais (literalmente) ao tentar realizar suas fantasias de infância, ele conseguiu, de maneira absolutamente original, entrar para uma minúscula linhagem clerical brasileira. Junto a ele, há pelo menos um outro grande padre voador, Bartolomeu de Gusmão. Na primeira metade do século XVIII, o inventivo jesuíta criou um curioso mecanismo para alcançar o céu sem a mediação de qualquer indulgência. A passarola (imagem acima), como foi batizado o "instrumento de andar pelo ar" projetado por Gusmão era um misto de barco e balão que chegou mesmo a voar, por pouco tempo e sem atingir grande altitude. Foi o bastante, porém, para o padre Bartolomeu entrasse para a história com a alcunha de "Padre Voador" e inspirasse o personagem Bartolomeu Lourenço, de Memorial do Convento, romance do discutível José Saramago.
Enfim, Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, foi um dos empresários brasileiros com mais horas de vôo acumuladas em sua época.
E daí?
Sei lá, hoje estou meio randômico.
2 comentários:
Muito boa a história do Bartolomeu. Não acho que andes randômico...há sempre uma ordem insidiosa sob o aparente Acaos, digo, acaso, basta olhar...e ver! mais do que a mídia, tuas postagens evocam pra mim a lei da gravidade: o trânsito entre céus e terra às vezes se dá num sentido, às vezes noutro...( horrível! ) falando em éter me veio éden: entonces supongo, pelo teu silêncio, que o Paraíso é aqui! e que já não precises mais dos meus serviços...en serio?! bjs
Meu silêncio vem de outras tantas coisas... trabalho, sono atrasado, um que outro contratempo, enfim, frivolidades.
Preciso muito dos teus serviços, talentosa Julia! Já te disse uma vez: não desista de mim!
A não ser que este teu cliente venha desagradando muito ou colaborando pouco.
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