segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Lugar do Nascimento

Anteontem preciosa amiga lembrou um fragmento de frase ouvido no filme 'Meu Nome não é Johnny': "o verdadeiro lugar do nascimento é aquele em que se lançou pela primeira vez um olhar inteligente sobre si próprio".
Fui atrás da autoria e descobri a continuidade da frase. O trecho citado acima é mais que belo, mas a frase completa encerra uma profissão de fé com a qual humildemente me identifico:
"O verdadeiro lugar do nascimento é aquele em que se lançou pela primeira vez um olhar inteligente sobre si próprio: as minhas primeiras pátrias foram os livros." (Marguerite Yourcenar)
Assino embaixo, com firma reconhecida, em muitas e muitas vias... .

sábado, 28 de novembro de 2009

Da fragilidade da Linguagem

'Estava apaixonado por meus estud0s, confesso mesmo que andava intoxicado pela linguagem filosófica, a qual considero agora como uma verdadeira droga. Como não se deixar abater e intoxicar pela ilusão de profundidade criada por essa linguagem? Traduzido em linguagem comum, um texto filosófico esvazia-se estranhamente. Seria preciso submeter todos a essa prova. O fascínio exercido pela linguagem explica, na minha opinião, o sucesso de Heidegger, Manipulador sem igual, ele possui um verdadeiro gênio verbal que o leva, contudo, longe demais. A linguagem assume uma importância vertiginosa.'

(Cioran - Entrevistas com Sylvie Jaudeau)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

dois mil e nove sem bússola





Estamos em novembro. Dois mil e nove em seus estertores finais. Querendo ou não, flagro-me fazendo um balanço algo arbitrário do que foi este ano e chego a uma conclusão - provisória, como a maioria das conclusões: foi um ano triste. Vivi coisas muito alegres, conheci pessoas e lugares agradáveis e fascinantes que devem fazer parte da minha vida daqui por diante. Ainda assim, um ano triste. Principalmente pelos descaminhos profissionais (um na verdade, mas dos grandes), pelas decepções afetivas (sensação de incompletude, abstrações excessivas e afobações de minha parte são os motivos que me ocorrem) e potencialidades que não desabrocharam (de certa maneira, pelos mesmos motivos das afetividades mutiladas (!?)). Muitas portas, talvez... poucas escancaradas, algumas entreabertas, muitas espiadelas por frestas que não eram para o meu olhar.



De qualquer maneira, ainda há dezembro quase aqui, no presente. A ele, o benefício da dúvida, claro.



Vamos lá.



A busca continua.