Vamos, senhores,
é perto
E é tão pouco o tempo que temos
E é opaco o espaço medido
Entre um passo e outro passo que damos.
Ainda assim, senhores,
Vamos.
Que ficar descompassa o que somos
E ilude a vontade, queremos
Muito mais do que já precisamos.
Se pararmos, senhores, agora,
Acreditem: não levantaremos
E ocupando o espaço restrito
Empacaremos o tempo no medo.
Que temendo o correr das mulheres,
Das ideias que não desposamos,
E dos homens que assim não seremos
Só de longe veremos as cores
Dos abismos que nos esperavam
Tempestades para as quais nascemos.
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