A coragem de arriscar talvez tenha sido a grande aquisição de 2011. De todos os balanços anuais que faço neste blogue, este certamente é o mais satisfeito. Comecei uma trajetória (que acaba de ser coroada com uma renovação de contrato) profissional que teve bem menos descaminhos que as anteriores. Aprendi com a experiência e, melhor, coloquei o aprendizado em prática. Finquei pé - suavemente - na manutenção de certas crenças ligadas à instância pedagógica e obtive bons resultados (fruto da diplomacia, da coerência e da convicção).
No campo da vida criativa - talvez a mais importante de todas, e a mais incerta sem dúvida - saltei, sem rede de segurança, em uma atividade que me proporcionou outra concepção de performance no mundo: o teatro. Não que ele já não estivesse presente, mas, formalizado, trouxe um acréscimo de consciência das coisas que me cercam (semelhantes incluídos) que não esquecerei nem perderei mais. Trouxe-me também alguém que foi, é e será importante, espero, por muito, muito tempo ainda (uma mulher, uma pessoa, um horizonte).
Por fim, acho que além da coragem, de extinta a auto-comiseração, também aprendi lições de ética importantíssimas. Como me disse há pouco Fernando Savater em um livro despretensioso e precioso chamado Ética para o meu filho, ética significa, antes de tudo, a arte de "viver bem".
Vivi bem durante este 2011 que chega ao fim. Parece-me que basta para querer ir em frente. Venha 2012: depois de tanto tempo, seja bem vindo, ano novo.
Meu carinho incondicional a todos os amigos, inimigos, conhecidos e simpatizantes.
Que sejamos felizes, por mais que às vezes nos custe.
2 comentários:
Gostei do seu balance anual! Principalmente de saber que, noves fora, o ano foi excelente, o que nos deixa a esperança acessa!
Já mandei convite pelo FB, e deixo aqui o link para outro meio que de alguma forma nos une, o blog (o meu, um pouco mais regularmente atualizado!): palavraspalabras.blogspot.com
Um abraço e apareça! Lota
Felicidade é achar esse blog escondidinho.
Tristeza é saber que PORRA, POR QUE NÃO CONTINUASTE?
Hmpf. Boboão.
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