estar sozinho e não estar. dupla ausência. não encontrar-se: dentro vazio. estar nada, aberto e fechado, epidérmico, todo superfície. sem alma, cheio de espaço:
um grande sim, para ninguém.
ser ninguém; estar sozinho, estar nada e estar sim, mas para fora. preencher o sim sozinho. e oco. boneco que murcha, cai, empilha-se sobre si mesmo. estar sozinho, vazio e oco: atravessado de ar, atravessado de luz, atravessado de tempo. algo fundamental se perdeu ou nunca esteve, algo se quebrou ou nunca foi completo.
(o gesto suspenso flutua do sim para o não e morre em talvez)
não tem sempre nem nunca, só agora, que não tem mais. morreu tinha e descansa quem sabe, para nunca mais decidir.
pra agora, sim, e não, e mas, e passa.
pra agora, sim, e não, e mas, e passa.
No hay sol
Ni media o llena luna
Ni callecita bajo la lluvia
Ni la noche toda por delante
Ni las luces
Ni la plaza
Ni nada girando alrededor
No todo lo aprendido:
todo lo que olvido me contiene.
minto: nunca sozinho: fechado e aberto a tudo: minto: todo superfície, mas oculto.
um enorme sim para quem veio e, acidente, ficou.
ser ninguém: pleno acordo, justo, simples, sorriso e aceno ao talvez, ao provisório.
o não: atravessado de ar de luz de lua de penumbra do dia. sombra ao sol, desaforo imóvel:
cheiro distante de alegria. não virá, mas sopra, e basta.
o não: atravessado de ar de luz de lua de penumbra do dia. sombra ao sol, desaforo imóvel:
cheiro distante de alegria. não virá, mas sopra, e basta.
minto: atravessado de tempo, sempre sobra: nunca história. o agora: falsa e única verdade que nunca esteve, porém: minto. desconfiar do sim: parece ter luz, mas só talvez.
Así que estoy sin mi
Conmigo en otra parte.
e passo como se nunca estive.
o futuro.
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