cobrei demais, exigi demais, fui carente demais, possessivo demais, sensível demais comigo e de menos com você. Sofri demais, apanhei demais, me machuquei, tudo sozinho. Um espetáculo patético e triste de autonomia. Você tava perto demais quando o dique se rompeu, o veneno transbordou, molhou a terra e intoxicou o ar. As raízes fincadas na ansiedade e na angústia onde me plantaram são o húmus e daí não me movo. Não consigo. Nunca baixei a guarda, sempre estive em pânico, mas nunca houve ataque a não ser o meu, desgovernado, exagerado, impreciso, incompreensível defesa contra você, que eu desconheci, como um cego às avessas.
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